02 Maio de 2020 | 22h17 – Actualizado em 02 Maio de 2020 | 22h15
Luanda – A ministra da Saúde, Sílvia Lutucutuca, informou neste sábado, em Luanda, que todos os passageiros chegados nos dias 17, 18 e 19 a Angola que faltarem aos testes massivos voluntários serão recolhidos de forma coerciva.
De acordo com a ministra, que falava em conferência de imprensa, ao serem recolhidos, serão internados em quarentena institucional obrigatória e com altas a serem dadas só depois efectuarem testes, em casos de negativos.
Essa decisão foi tomada, segundo a ministra, depois de se verificar que 10 a 15 passageiros tem se furtado aos testes voluntários que decorrem desde 1 de Maio na Escola Nacional de Saúde Pública e no Hospital Américo Boa Vida.
Até à presente data, foram recolhidas amostras de 1.089 pessoas, com os resultados a serem divulgados proximamente.
Lamentou, por outro lado, o surgimento de casos positivos de pacientes que estiveram em quarentena domiciliar, mais de 30 dias depois de chegarem ao país.
“Esses casos deram muito trabalho à comissão pelo facto de muitos deles terem dados geo-referenciação erradas ou telefones desligados, obrigando a um trabalho árduo e profundo para os descobrir”, disse.
Admitiu que casos positivos nessa situação podem ainda ocorrer, uma vez que estudos científicos recentes mostram que o período de incubação pode chegar até aos 50 dias após a infecção, razão pela qual está-se a testar os aludidos passageiros.
Quanto a possibilidade de existir outros cidadãos nessa condição, a de não identificados, disse que pode ocorrer pelas dificuldades mencionadas, porém “deve ser um grupo muito pequeno”.
No quadro estatístico, aumentou para 35 o número de infectados, já com quatro nacionalidades (angolana, cubana, sul-africana e Guiné Conacry), com dois mortos, 11 pacientes recuperados e 22 activos.