Luanda – O uso de máscaras nas unidades sanitárias públicas e privadas passa a ser obrigatório para todos os técnicos de saúde e outros utentes que frequentam os hospitais, para reduzir o risco de contágio e expansão do novo coronavírus (covid-19) no país.
HELGA FREITAS-DIRECTORA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA
FOTO: FRANCISCO MIÚDO
Conforme a directora nacional de saúde pública, Helga Freitas, todos os profissionais de saúde devem utilizar máscaras cirúrgicas (mais comuns), com excepção dos técnicos vocacionados para atender casos suspeitos e positivos de covid-19.
À luz do novo instrutivo, esses últimos devem usar a máscara n95 (mais avançada).
Ambas as máscaras ajudam na prevenção de várias doenças respiratórias, quando usadas de forma correcta, principalmente para os profissionais de saúde e doentes com sintomas de covid-19 (tosse, gripe, febre alta e dificuldade de respirar).
Além dos técnicos de saúde, Helga Freitas encorajou os cidadãos em geral a usarem máscaras convencionais ou de tecido, feitas à máquina ou à mão, fundamentalmente quando estiverem em locais expostos.
“O Ministério da Saúde (MINSA) lançou, quarta-feira última, uma ficha técnica para orientar os cidadãos a forma correcta do fabrico de máscara de tecido ou algodão, bem como o seu uso”, afirmou a directora, durante a habitual conferência de imprensa de actualização de dados sobre a evolução da pandemia covid-19.
Segundo o MINSA, baseando-se na experiência de outros países, o uso generalizado da máscara reduz em 25 por cento o risco de contágio da covid-19.
Porém, a directora nacional de saúde pública lembrou que a utilização de máscaras por si só “não protege da transmissão da covid-19”, sendo necessário cumprir rigorosamente as outras medidas de prevenção, como o distanciamento social, a lavagem frequente das mãos, com água e sabão, e a desinfecção das superfícies, com lixivia.
Sublinhou que todas essas medidas são válidas e devem ser cumpridas rigorosamente no dia-a-dia dos cidadãos, para reduzir o risco de transmissão do vírus e salvar vidas.
Angola, que está há sete dias sem registo de casos positivos, já processou mil e 203 amostras, das quais 19 confirmadas positivas. Dos 19 cidadãos infectados com a covid-19, cinco estão recuperados, dois morreram e 12 são doentes activos.
Para prevenir e combater a covid-19, Angola observa, desde 11 de Abril, um novo período de Estado de Emergência, que deve vigorar até às 23h59 do dia 25 de Abril.